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Dormente que assenta o trilho.
Que dorme... Indiferente!
E no balouçar das máquinas e dos vagões
- estremece. Não mexe. Aceita a sina.
Que paralela ‘trans-passa’ seu dorso
Na ânsia de vê-lo passar. Quem?
Rotineiramente, o trem.
Não necessariamente...
(Prof. Joceny)







quinta-feira, 15 de abril de 2010

OPACIDADE!

(CRÔNICA) OPACIDADE!
Prof. Joceny Possas Cascaes. joceny@terra.com.br

Penso que aprendi – em parte - o significado de uma nova palavra. Qual? Opacidade! Será que isso possui alguma relação com o social ou com os fatos de uma cidade? Nada a ver. Talvez, muito a ver. Então, explique-se. Lembra-se do Alexandre? O grande? Não! O Garcia, o jornalista da Rede Globo. Num ‘belo’ dia, abri a minha caixa de correio eletrônico, e eis que me deparo com um vídeo intitulado ‘Opacidade’. Do que tratava tal vídeo. De questões ‘político-partidárias’. Deixa de ser leviano! Imprudente, eu? É que detesto julgamentos precipitados. Os fatos podem ser contraditórios. Por isso, desejo falar de algo que vi e ouvi.
Porém, isso não significa que minha opinião estará certa, mas farei o possível para narrar, com firmeza, a pessoal conclusão tirada de tais imagens. Então, ‘desembucha’ de uma vez. Calma! Minha afirmação pertence ao rol das coisas pessoais. O que pode se tornar público precisa ser repensado. Do silêncio as pessoas, quase nunca, arrependem-se; das palavras ou insinuações podem se esvair mágoas. Mas, a reportagem que Alexandre Garcia falava era séria. Creio que do tipo que merece atenção por parte de quem se preocupa com o ‘bemestar’ social. Porque a política, de certo modo, é a mãe do ‘Estado’ e esse ‘Estado’ somos nós, enquanto nação, a ser um dia, organizada.
Tratava-se de uma transparente denúncia. É que, segundo o jornalista, depois que o Governo Federal instituiu essa ‘tal transparência’, muitos fatos mudaram. E para variar, os ‘senadores’ resolveram dificultar o acesso às informações. As perguntas dos jornalistas, dirigidas ao ‘senado’, devem ser formalizadas por ofício num prazo de cinco dias de antecedência. Segundo ‘Alexandre’, o senado corrige seus males escondendo as informações. Diz ainda: ‘o governo militar acabou com a pobreza chamando o pobre de carente’. Quer dizer, o pobre continua pobre, mas, travestido de carente. Com cinco dias para responder as perguntas dos jornalistas, o senado fica com tempo para camuflar os desvios e destruir as possíveis provas...
Termina sua fala dizendo: “baixa-se, portanto, a ‘opacidade’ contra desvios que afetam a constitucional moralidade”. Contudo, você ainda não explicou o termo ‘opacidade’. É que costumo ‘matutar’. Quando posso, aproveito as oportunidades. Como assim? Veja bem! ‘Opacidade’... Pode haver ‘mil’ significados ou apenas ‘um’. Veio-me à mente alguma relação com algo que pode ser ‘opaco’. Mas, como a dúvida permanecia, abri o pai dos ‘burros’. Pai dos ‘burros’? Sim, o dicionário! Conta-se, em uma das versões, que esse ‘termo’ tenha surgido porque – inicialmente - os dicionários possuíam capas vermelhas. Para ‘Machado’ (Dicionário etimológico da língua portuguesa – 2ª. ed., Lisboa, 1967), “o nome ‘burro’, para o animal, origina-se do nome latino ‘burrus’, que designa a cor ruça ou encarnada”.
‘Opacidade’! Ao consultar o pai dos (!!!), deparei-me com as seguintes definições: 1. Qualidade de opaco; 2. Lugar sombrio; sombra densa. Procurei associar o termo ao final das palavras de ‘Garcia’, o jornalista. Nesse caso, acredito que o jornalista tenha chamado o ‘senado’ de um lugar sombrio ou, quem sabe, de uma sombra densa. A dúvida há de permanecer... Por quê? Simplesmente, porque esse é o meu jeito de pensar, e pode não ser o seu. Que bom pensar assim! Dessa forma, podemos continuar nosso diálogo. Nossas verdades, que podem ser mentiras, mesclam-se nas diferentes visões e, dessa maneira, são melhor entendidas.
Mas, no início de nossas falas, você disse que esse ‘termo’ podia ter alguma relação com o social ou com as pessoas que moram na cidade. Sim, respondi: nada a ver ou muito a ver. Veja bem! No senado brasileiro são aprovadas e desaprovadas muitas normas ‘sociais e políticas’. As cidades formam um complexo demográfico fracionário do ‘Estado’. A política é a ferramenta indispensável de agregação de valores e desenvolvimento de uma nação. Assim, a relação, quanto ao que o ‘Alexandre’ falou, quem sabe, possa ser realizada. Mas, espero que esse ‘lugar sombrio ou essa sombra densa’ (a preocupação do repórter) - urgentemente – transforme-se. E não adianta pensar que é só o ‘senado’ ou os políticos que devem mudar. Somos nós, enquanto ‘cidadãos’, que precisamos dar o primeiro passo. Mais ou menos opaco?! Mas, avançar... Hum!

Um comentário:

  1. Puxa, eu já associei diretamente opacidade ao contrário de transparencia.

    Achei o texto de Alexandre muito bom e fez um bom uso da palavra.

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