Seja bem-vindo(a)...

Dormente que assenta o trilho.
Que dorme... Indiferente!
E no balouçar das máquinas e dos vagões
- estremece. Não mexe. Aceita a sina.
Que paralela ‘trans-passa’ seu dorso
Na ânsia de vê-lo passar. Quem?
Rotineiramente, o trem.
Não necessariamente...
(Prof. Joceny)







sexta-feira, 18 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

O QUARTO...

O QUARTO...

O que é um quarto? Bom! Um quarto... é a quarta parte. Se algo é dividido por quatro – uma parte seria um quarto. Pensa-se que isto é papo-furado e que algo está deixando de agradar. Por quê? Porque não é bem disto que se deseja falar. Então, ... Pense num relógio. Pensou!? Divida sessenta minutos – que é uma hora – por quatro e restarão quinze. Portanto, um quarto de uma hora. Que coisa! Este assunto ainda continua obscuro. O que fazer para chegar aonde se quer? Usar um atalho - um caminho mais curto. Contudo, muitos evitam divulgar que, por vezes, o atalho pode se transformar num trajeto perigoso, quem sabe, tumultuado. Por isto, segue uma proposta: voltar ao ‘quarto’.
Numa ‘Corrida de Fórmula 1’, por exemplo, entre trinta competidores, alguém, quando tudo corre aparentemente bem, chegará na quarta posição, conseqüentemente, em quarto lugar. Ih! Esta prosa ainda não vingou. Nesse caso, tente-se a rês. É isso mesmo – uma rês é qualquer quadrúpede destinado à alimentação humana. Mas, o que tem a rês com este causo!? É que nesse caso, está no dicionário, um quarto é a mão e a perna de uma rês até a metade do lombo na atura e até a metade da barriga na largura. Mas, que papo esdrúxulo. Talvez, esta seja uma conversa coloquial – um tanto vulgar! (...)
Todavia, toda vulgaridade traz consigo uma essência. Porque a parte mais importante do vulgar pode estar, justamente, na trivialidade, na banalidade, no conhecimento social – que muitos já sabem. Quando algo já é sabido poderá – por intermédio de uma conversação - se tornar ainda mais conhecido. Contudo, o que importa é seguir em frente, lograr destino. E que seja bom! Como Deus quer e se merece. Portanto, sem – constantes - braços cruzados. Melhor ir à luta. Instante em que anoitece...
- Toc! Toc! Toc!...
- Quem é?
- Um viajante solitário!
- O que você quer?
- Preciso de um aposento.
- Cartão de crédito, cheque ou dinheiro?
- Dinheiro!!!
- Quarto simples ou suíte?
- Suíte.
A porta abriu-se. Como de costume... No mundo dos negócios as portas abrem-se – de certa forma – mais facilmente aos abastados. Dinheiro tornou-se um documento oficial. Possui poder e agrega - em si - autoridade. Pense: “É claro que há um mundo melhor – mas, dependendo de que mundo se procura, costuma ser caro”. Mas, ...
- Entre, por favor.
- Segundo piso. Vá pelo elevador das autoridades (água potável, ar-condicionado e som ambiente) – lado direito. O elevador da esquerda é destinado às pessoas que utilizam os quartos simples.
Enquanto o cidadão se dirige ao ‘quarto-suíte’; segue uma pequena indignação! Porquanto, o sujeito não é muito rico; se fosse, quem sabe, nem iria se preocupar com tal questão. Enfim, chegou ao quarto, num local de descanso. Sapatos tirados e atirados... Por conseguinte, liberdade aos pés. Despe-se e dá liberdade ao corpo. Toma um bom banho. Manipula sua carne e sua alma. Utiliza-se para isso de alguns rituais pessoais e impõe liberdade à alma. Despreocupa-se!
Ocupa a maior parte do tempo, antes de dormir, com coisas pessoais - próprias (advindas de mitos, de costumes, de necessidades, de crenças, de presságios, de vícios...). Deita e observa o quarto: olha as quatro paredes, vê o teto..., o chão. Vira para o lado, tenta dormir e continua a olhar com atenção o quarto. Um cômodo – algo que é próprio para dormir. Um local onde se perdem e se encontram soluções. De repente, rende-se ao sono e sonha com a intimidade que um quarto proporciona a muitos ou a todos. Enfim, no amanhecer, embebido no deleite noturno de uma cama num quarto, segue a sua sina...